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ASSASSINATO DE AMURANE DIVIDE BANCADAS PARLAMENTARES

ASSASSINATO DE AMURANE DIVIDE BANCADAS PARLAMENTARES

Parlamento
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Deputados das bancadas parlamentares da Frelimo, o partido no poder, e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda maior formação política da oposição na Assembleia da República (AR), divergiram quanto ao debate da informação do

governo sobre os casos criminais, com destaque para o assassinato do Presidente do Município de Nampula, Mahamudo Amurane.
Foi a bancada parlamentar do MDM que, na sessão de informações do Governo, iniciada esta quarta-feira na AR, pediu ao executivo explicação sobre o ponto de situação de crimes não esclarecidos, incluindo o do assassinato a tiro do então Edil de Nampula , a 04 de Outubro último.
A deputada Jerónima Agostinho, da Frelimo, acusou o MDM de recorrer a uma velha táctica para tentar enganar os moçambicanos sobre os reais mentores do assassinato de Amurane.
Segundo a deputada, o MDM solicitou ao governo informações sobre este assunto para se fazer de vítima de um problema orquestrado dentro da mesma formação, tal como alguns ladrões gritam pela ajuda como se de vítimas se tratassem para escaparem de ser neutralizados.
“É pouca vergonha virem a este pódio tentar enganar aos moçambicanos com lágrimas de crocodilo. É também triste um partido recorrer a violência para resolver divergências políticas”, disse, por sua vez, a deputada Cernilde Muchanga, também da Frelimo, acrescentando que é o próprio MDM que disse que Amurane tinha dias contados.
Por sua vez, a deputada Alsácia Chochoma, também da Frelimo, disse que o MDM chegou a vaiar Amurane em público, clarificando as reais intensões que esta formação política tinha em relação ao malogrado.
“Não nos parece que o MDM esteja de luto pela morte de Amurane”, disse, por seu turno, o deputado Matias Nhongo, igualmente da bancada parlamentar da Frelimo.
Enquanto isso, José de Sousa, deputado do MDM, saiu em defesa do seu partido, afirmando que os assassinatos vêm ocorrendo, no país, mesmo antes da criação do MDM, nomeadamente nas antigas zonas libertadas pela Frelimo na luta pela independência.
Afirmou que Eduardo Mondlane, o fundador da Frelimo e obreiro da unidade nacional, teria sido morto por alguns membros da Frelimo nas “zonas libertadas”, no norte de Moçambique.
Eduardo Mondlane não morreu em Moçambique. Foi vitimado (03 de Fevereiro de 1969) por um livro armadilhado em Dar-Es-Salaam, na Tanzânia, atentado imputado a PIDE, a então policia política secreta portuguesa.
Antes do seu assassinato, Mahamudo Amurane tinha conflitos com o próprio partido pelo qual concorreu e venceu o pleito de 2013, o MDM, em relação ao qual anunciou o respectivo 'divórcio', tendo chegado a dizer publicamente que iria se candidatar como independente nas próximas eleições autárquicas, agendadas para 2018.
Sobre o assassinato do Edil de Nampula, o Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Isaque Chande, disse ao parlamento que 34 pessoas foram interrogadas, seis das quais foram consideradas suspeitas de envolvimento no caso.

 

Fonte:da Redação e Por RM
Reditado para:Noticias do Stop 2017

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