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BNA com gestão bicéfala

BNA com gestão bicéfala

Angola
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João Lourenço já tinha em vista substituir Walter Filipe da Silva do cargo de governador do Banco Nacional de Angola. Embora nunca o tivesse dito publicamente e tivesse mantido essa decisão a "marinar" durante algum tempo, há muito que era conhecida a

posição que tinha em relação ao então governador, sobretudo por causa da forma embaraçosa como dançava entre a nova e a antiga cadeia de comando.
Porém, o que o novo Presidente da República (PR) ouviu de Walter Filipe no principio do mês de Outubro não só o convenceu a abreviar a decisão de o substituir, como também influenciou o discurso sobre o Estado da Nação, no qual praticamente exonerou o governador do BNA.
"Pelo importante papel que desempenha em qualquer economia, em particular no seu sistema bancário, não descansaremos enquanto o país não tiver um Banco Central que cumpra estritamente e de forma competente com o papel que lhe compete, sendo governado por profissionais da área”, disse, então, o PR.
Num mercado com outra cultura e com uma bolsa de valores, o “recado” de João Lourenço teria abanado o governador e ele teria submetido imediatamente o pedido de demissão. A verdade é que mesmo não tendo acontecido nenhuma destas coisas, João Lourenço e Walter Silva sabiam que depois daquele encontro no princípio de Outubro o mínimo que se impunha era a indicação de um novo governador.
Durante cerca de três horas, Walter Filipe da Silva "entregou" nomes, datas, valores e transações. O "painel" que o ouviu, além do presidente João Lourenço, incluiu Pedro Sebastião, chefe da Casa de Segurança, Manuel Nunes Júnior, ministro de Estado para o Desenvolvimento Económico e Social, e Frederico Cardoso, chefe da Casa Civil, e oficiais dos serviços de inteligência e do Serviço de Investigação Criminal, SIC.
Fonte familiar a este assunto disse ao Correio Angolense que foi a partir dessa audiência que nasceram as diligências empreendidas pela Procuradoria-Geral da República, as quais, por enquanto, "colheram" os ex-administradores do BNA Ana Paula do Patrocínio Rodrigues, Manuel Ramos da Cruz e Samora Machel Januário e Silva.
Há uma semana, Rafael Marques assinava no site Makangola uma extensa matéria na qual dizia que Walter Filipe da Silva tinha sido constituído arguido. Sobre ele, acrescenta, pesa a suspeita de corrupção e de branqueamento de capitais. "A Direcção Nacional de Prevenção e Combate à Corrupção da PGR iniciou audições dos declarantes sob os processos de inquérito preliminar, 005, 006 e 007/DNPCC/17/PGR", revelou o site de Rafael Marques.
O Correio Angolense apurou de boa fonte que o presidente João Lourenço ficou arrepiado com a frequência e com os montantes que personalidades ligadas ao poder cessante continuaram a movimentar a partir do banco central mesmo depois das eleições. Uma das operações em questão corresponde a uma transferência de 500 milhões de dólares a favor de uma entidade ligada ao Fundo Soberano de Angola (FSDEA). A dita operação terá " batido na rocha" não pela acção de entidades angolanas, mas porque os bancos correspondentes colocaram muitas reservas.
A outra operação, ao que consta bem-sucedida, visou um banco local, recém-criado.
Segundo fonte com acesso a este processo disse ao Correio Angolense, o que João Lourenço e os que tem como mais próximos concluíram sem evasivas é que a bicefalia no BNA era tão forte como é no resto da vida do país.
Walter Filipe da Silva viajou para Portugal , onde procura tratamento médico para problemas cardíacos que já o tinham forçado a um internamento num hospital de Luanda.

 

 

Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017

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