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Jovem morre em manifestação de opositores em Caracas

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Recente onda de manifestações no país teve 38 mortos em 40 dias.


m jovem morreu nesta quarta-feira (10) durante uma manifestação contra o governo do presidente Nioclás Maduro na periferia de Caracas. Com esta morte, sobe a 38 o número de mortos em 40 dias desde o início da recente onda de manifestações no país.
"Morreu o jovem Miguel Castillo (27 anos) durante a manifestação em Caracas", anunciou o Ministério Público do país em sua conta no Twitter, sem informar a causa da morte.
As forças de segurança venezuelanas lançaram uma chuva de bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água para fazer recuar a marcha multitudinária de opositores que pretendia chegar à sede do Tribunal Supremo de Justiça, no centro de Caracas.
Os confrontos foram registrados em uma rodovia de Las Mercedes, onde um grupo de jovens, com escudos improvisados de madeira e metal, o rosto escondido com lenços, capuzes e máscaras ninja, respondeu com pedras e coquetéis molotov à tropa de choque.
Gerardo Blyde, prefeito do município de Baruta - onde fica Las Mercedes -, assegurou que o jovem morreu vítima de um ferimento intercostal, mas não informou o tipo de artefato que o provocou.
"Miguel era filho da funcionária administrativa do governo municipal de Baruta. Exigimos justiça verdadeira, promotora", manifestou-se o prefeito no Twitter, ao dirigir a mensagem à titular do Ministério Público, Luisa Ortega, chavista confessa, que tem se mostrado em desacordo com a ação das forças de segurança.
Indignado, um grupo de manifestantes foi à clínica de Las Mercedes, para onde foi levado o jovem, após ter sido ferido mortalmente.
"Estão nos matando, sejam crianças, idosas, jovens. Estão nos matando, porra!", gritou um jovem. "Até quando? Hoje é um garoto de 27 anos", protestou uma mulher.
Mais cedo, um motorista morreu após ser baleado em um protesto da segunda-feira na cidade de Mérida, no oeste do país, informou a Promotoria. O Ministério Público disse que foi aberta uma investigação sobre a morte de Anderson Dugarte, de 32 anos, que costumava transportar pessoas em sua moto e foi baleado na cabeça.
'Cocôtov'
No protesto desta quarta, alguns manifestantes jogavam garrafas cheias de fezes, conhecidas como "cocôtov", contra as forças de segurança, que desde que os atos começaram, há um mês, têm bloqueado seu caminho com barreiras e lançamento de gás lacrimogêneo.
Embora as autoridades tenham advertido na véspera sobre a ilegalidade do ato no protesto, jovens com os rostos cobertos e capacetes, usavam estilingues para jogar recipientes de fezes, juntamente com as habituais pedras e coquetéis molotov em uma via da capital, disseram testemunhas da Reuters.
"Estamos na rua para ficar. Não sairemos daqui até isso acabar, até Maduro sair", disse Luis Orta, um empresário de 52 anos, que caminhava ao lado de outros que carregavam, como ele, escudos de madeira, como um símbolo de sua defesa à Constituição.

 

 

G1-mundo
Reeditado:Celeste

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