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Nampulenses revoltados por pagarem água que não existe

Sociedade
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Em Nampula, a empresa Águas da Região Norte, ex-FIPAG, é acusada de cobrar aos consumidores mesmo sem fornecer água. A empresa promete melhorar o sistema de provisão, mas avisa que até lá as cobranças continuarão.

Há crise de abastecimento de água em quase toda cidade de Nampula, a terceira maior de Moçambique. Os cidadãos lamentam a situação e dizem enfrentar enormes dificuldades para ter acesso à água potável para o consumo.

Albano Joaquim reside no populoso bairro de Namicopo e conta que a região tem registado restrições no fornecimento de água há bastante tempo, o que complica as vidas de muitos moradores.

"O problema da água é dramático, significa que nós que vivemos em Nampula, nos últimos tempos, somos obrigados a recorrer até a poços tradicionais para atender as necessidades básicas. E se isso prevalecer será um caos nos próximos tempos", disse.

Joelma Alberto, que mora na zona residencial de Piloto, bairro de Mutauanha, diz que há muito tempo que das suas torneiras não jorra água, mas mesmo assim é obrigada a pagar as faturas.

"Neste bairro há problemas de água, estamos a sofrer muito. Estou há três anos sem água, nas torneiras da minha casa. Para conseguir água preciso andar muito, e ainda assim esses senhores do FIPAG emitem faturas sabendo que água não sai. Vale a pena eles removerem os seus contadores [rescindirem os contratos] ou então fornecerem-nos água, porque não se justifica percorrermos distâncias à procura [de água] enquanto temos torneiras nas nossas casas", disse.

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"Estou há três anos sem água, nas torneiras da minha casa", queixa-se uma citadina de NampulaFoto: Sitoi Lutxeque/DW
O citadino Albano Joaquim lembra ainda que "a população está a crescer cada vez mais, há zonas em expansão e há pessoas que saem de outros pontos para Nampula, pior com os conflitos armados em Cabo Delgado muita gente veio morar cá, e essas pessoas precisam de água".

Soluções sem previsão

O diretor da Águas da Região Norte, Ermelindo Bonifácio, reconhece a crise da água e diz que se deve à incapacidade da albufeira de Monapo, principal fonte de abastecimento. E avança soluções.

"O nosso sistema de abastecimento de água foi construído entre os anos 1958/59, e nessa altura a cidade era menor e a demanda menor. Neste momento que a cidade cresceu bastante a sua abrangência com o mesmo sistema do anterior nunca foi ampliado", conta.

E Bonifácio assume: "Temos conhecimento que há zonas onde há dificuldades de água e nós fizemos o mapeamento dessas zonas", mas garante que "existem algumas atividades que estão a ser feitas para responder a essa problemática". "Temos pouca água e a mesma tem de ser partilhada de várias formas", sublinha ainda o diretor da Águas da Região Norte.

E a forma de partilha encontrada é priorizar a distribuição para os bairros considerados mais críticos, nomeadamente, Mutauanha, Natikiri, Murrapaniua, Muatala, Maparra e Namutequeliua.

O responsável disse ainda que a crise de água só passará com a construção de novos sistemas de abastecimentos, projetos estes que estão em carteira.

 

 

Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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