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Banco Mundial suspende parceria com a Tunísia devido a crise com migrantes

Mundo
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O Banco Mundial anunciou a suspensão do seu acordo de parceria com a Tunísia na sequência da crise em torno dos migrantes subsaarianos, que denunciam os ataques de que estariam a ser alvo, bem como o discurso tido como xenófobo do presidente Kaïs Saïed a 21 de Fevereiro onde apelava a medidas urgentes contra essas comunidades.

David Malpass, presidente do Banco Mundial, numa carta dirigida à sua equipa, alega não haver condições para prosseguir o trabalho da sua instituição "devido à situação", numa altura em que "a segurança e a inclusão dos migrantes e minorias fazem parte dos valores centrais de inclusão, de respeito e de luta contra o racismo".

Na prática a decisão de suspender a parceria até nova ordem com a Tunísia não inviabiliza, porém, os projectos que já foram alvo de financiamento.

Desde 2011 que o organismo investiu milhares de milhões de dólares em sectores estratégicos como os transportes, infra-estruturas, electricidade e água.


Os tunisinos debatem-se já com uma inflação recorde (+10,4% em Fevereiro de 2023), com registo de penúria de bens de primeira necessidade.

O Banco Mundial refere, porém, que se as medidas do governo tunisino para "proteger e apoiar os migrantes e refugiados nesta situação tão difícil" apontarem no "bom sentido", a instituição "avaliará e acompanhará com atenção o respectivo impacto".

Os Estados Unidos nesta segunda, 6 de Março, através do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, alegaram estar "profundamente preocupados" com os comentários do presidente tunisino, avisando que Tunes deveria "respeitar os seus compromissos com o direito internacional e proteger os direitos dos refugiados, requerentes de asilo e migrantes".

A Tunísia conta com 12 milhões de habitantes e acolhe mais de 21 000 cidadãos da África ao sul do Saara, a maioria em situação irregular.

Desde então alguns países, como a Guiné Conacri e a Costa do Marfim, organizaram voos de repatriamento dos seus cidadãos a partir da Tunísia.

O chefe de Estado tunisino tinha denunciado a existência de "bandos de migrantes clandestinos", a sua presença seria "uma manobra criminosa para alterar a composição demográfica da Tunísia", Kaïs Saïed alegava que estes pretendiam que a Tunísia abdicasse da sua vertente árabe para se limitar à sua componente africana.

A Amnistia Internacional assume, também a sua preocupação com o discurso presidencial e a perseguição aos subsaarianos que tem estado a ocorrer neste país do Norte de África.

Bruna Coelho, gestora editorial e de imprensa desta organização não governamental em Portugal, alega que o discurso presidencial veio acentuar as perseguições que pesam sobre os migrantes oriundos da África negra, muitos deles à espera de tentar uma travessia rumo à Europa.

 

 

 


Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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