A contabilidade no âmbito público ou privado, patrimonial ou fiscal deve pautar-se pelos mais elevados níveis de qualidade e transparência, defendeu nesta terça-feira, em Luanda, a administradora para os Serviços Fiscais da Administração Geral Tributária
(AGT), Alice das Neves.
De acordo com a administradora, que falava na abertura da primeira Conferência conjunta da Administração Geral Tributária e a Ordem dos Contabilistas e Peritos de Contabilidade de Angola (Ocpca), a contabilidade tem um papel importante na satisfação das necessidades de informação dos utilizadores e sustentação da economia nas sociedades.
Na sua óptica, boas contas são fundamentais para uma boa gestão.
Disse ainda que o tratamento dos dados contabilísticos constrói-se à base da informação financeira das entidades. Envolve um elevado grau de responsabilidade social por parte do profissional do ramo da contabilidade, tendo em atenção as implicações a nível do processo da tomada de decisão.
Disse, por outro lado, que a responsabilidade social resulta da obrigação de informar a sociedade civil relativamente à actividade por si desenvolvida. Essa responsabilidade encontra um eco no perfil profissional requerido aos contabilistas, como competência académica de base.
Competência profissional na leitura e na interpretação de dados, tratamento da informação e a prática de uma ética profissional revelam uma conduta que vai para além das responsabilidades pessoal ou das exigências de leis e regulamentos impostos pelas sociedades.
Para Alice Neves, a informação de relato financeiro de qualidade é hoje vital para a economia na lógica de capitais, mas também para a administração tributária.
A reforma tributária iniciou em 2011, momento em que foram lançadas as linhas gerais, alicerçando a sua sustentabilidade em seis pilares como, no aumento da eficiência da administração, a promoção da justiça e a equidade tributária.
Constam igualmente das linhas gerais, a modernização do sistema tributário, melhoria na integração das tecnologias de informação, aposta nos recursos humanos e comunicação como factor de mudança de mentalidade dos contribuintes, fomentando a cultura fiscal.
Na vertente da comunicação, foi necessário desenvolver um conjunto de iniciativas, que visavam aumentar a consciência tributária dos cidadãos e empresas, através de palestras, colóquios, seminários, publicação de artigos, entrevistas e tantas outras iniciativas. A Conferência que decorre na Escola Nacional da Administração Enad termina no próximo dia 28.
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