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Barragem de Mphanda Nkuwa: Benefício para quem?

Economia
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Em Moçambique, as comunidades locais da região onde será implantada a segunda maior hidroelétrica do país queixam-se de falta de informações sobre o processo e sobre os seus direitos como nativos.

O projeto ainda não saiu do papel. Foi entregue em maio a um consórcio liderado pela Eletricidade de Françade que também faz parte a multinacional Total Energies. Mphanda Nkuwa será a segunda maior hidroelétrica de Moçambique, depois de

Cahora Bassa. E já dá dores de cabeça aos moradores, que se queixam de perseguição.

Os moradores da região onde será construída a barragem de Mphanda dizem que estão a ser impedidos de erguer infraestruturas privadas há mais de dez anos.

O grande problema, segundo um dos membros da comunidade, que prefere não divulgar o nome por segurança, é que entre a população pairam muitas incertezas sobre o megaprojeto. Não sabe quando é que a barragem será construída, nem onde. E os moradores não sabem ondem podem construir infraestruturas ou por quanto tempo. Vivem num limbo…

"Já perdemos algum tempo. No ano de 2012, disseram-nos que não podíamos levantar novas infraestruturas. E hoje nos dão uma informação incerta, como ficamos nós, que precisamos de construir?", questionou.

Karte Mosambik POR Barragem de Cahora BassaKarte Mosambik POR Barragem de Cahora Bassa
Barragem de Cahora Bassa, a maior do país.
Que benefícios?

Nem este morador, nem Anabela Lemos, da organização não-governamental Justiça Ambiental, veem grandes benefícios para o povo com a construção desta barragem.

"Esta barragem não faz sentido, porque não vai sair energia para nós, para o povo, não vai ter benefícios nenhum. Será para exportar, para resolver o problema [de energia] da áfrica do Sul, para a mega-indústria, mas o povo vai ficar sem energia, sem terra, sem meios de subsistência e vamos destruir o nosso ambiente".

Há vários anos que a Justiça Ambiental alerta que a construção da barragem irá desalojar centenas de pessoas, numa província – Tete – onde já há diversos conflitos de terra devido aos megaprojetos.

20 Jahre Frieden in Mosambik20 Jahre Frieden in Mosambik
À DW, os moradores denunciam uma alegada perseguição por parte das autoridades.Foto: DW/M. Barroso
Clima de desconfiança

Aly Caetano, analista em economia para o desenvolvimento regional, refere que a falta de informação, de que se queixam os cidadãos, pode resvalar num clima de desconfiança.

"Quando temos falta de informação, surgem especulações e desinformação, o que é negativo para o processo de implementação de qualquer projeto. A segunda grande consequência é a desconfiança que as populações terão com as entidades governamentais."

À DW, os moradores denunciam uma alegada perseguição por parte das autoridades, para que não participem em workshops sobre direitos humanos ou mudanças climáticas, organizados pela sociedade civil. Uma vez, terão até sido acusados de serem recrutas de grupos terroristas. O caso foi, entretanto, esclarecido.

"Estamos com este sofrimento e o projeto ainda não chegou. O que será de nós quando o projeto chegar, uma vez que sofremos intimidações?", questionam.

Em maio, o Gabinete de Implementação da Hidroelétrica de Mphanda Nkuwa anunciou que o megaprojeto será construído por um consórcio liderado pela Eletricidade de França.

 

 

Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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