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Sociedade civil guineense condena ataque contra residência de responsável do PRS

Guiné-Bissau
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Em Bissau, a residência do analista político e membro do PRS, Partido da Renovação Social, Fransual Dias, foi atacada esta madrugada por homens armados que incendiaram o seu carro. Esta ocorrência que não é a primeira do género foi condenada esta tarde por organizações da sociedade civil, defensores dos Direitos Humanos e pelo próprio partido ao qual está ligado.


Em conferência de imprensa esta tarde, ao alertar para uma situação de "insegurança total', o PRS qualificou o sucedido de "tentativa de assassínio" contra o membro da sua comissão política e conselheiro de Estado, Fransual Dias. “Lamentamos e compreendemos que na verdade a Guiné-Bissau está a caminhar cada vez mais para uma situação de insegurança total, não obstante a vigilância que está a ser levada a cabo pela Guarda Nacional, uma parte do Exército e pelas forças estrangeiras que circulam por toda a parte do país”, declarou o líder do PRS, Fernando Dias.

O presidente da terceira força política do país denunciou, por outro lado, o “silêncio total” da comunidade internacional perante esta situação e lançou um apelo à União Africana e à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental para “porem cobro a situações que estão sistematicamente a acontecer”.

Ao qualificar este ataque de “tentativa de intimidação”, Fernando Dias também avisou que não vai aceitar um adiamento das eleições legislativas, marcadas para 4 de Junho. “Nós compreendemos que há uma tentativa de intimidação para que não possamos participar no processo eleitoral activamente, mas essa intenção vai ser uma frustração”, declarou o responsável político.

Reagindo igualmente ao ataque desta madrugada, Bubacar Turé, porta-voz do Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil, deu conta do seu repúdio. "Condenamos com toda a veemência este acto criminoso contra um cidadão comum, um dirigente político e acima de tudo um membro do Conselho de Estado. Este acto vem juntar-se a tantos outros actos que aconteceram neste país", lamentou o activista para quem "o Estado renunciou à sua missão de garantir segurança aos seus cidadãos, mas também as autoridades judiciárias renunciaram às suas missões de proteger, de serem guardiãs dos direitos e liberdades fundamentais".


Bubacar Turé, porta-voz do Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil da Guiné-Bissau

Ao considerar esta situação "inaceitável" e responsabilizar o Estado da Guiné-Bissau pelo sucedido, Bubacar Turé referiu que a sua plataforma exige que "os autores destes actos sejam perseguidos e traduzidos perante a justiça".

Por outro lado, à semelhança do PRS, o dirigente associativo não deixou de sublinhar que este acto aconteceu numa altura em que o país está em vésperas das eleições legislativas previstas para o dia 4 de Junho. Na sua perspectiva, "não há eleições livres, justas e transparentes sem o exercício das liberdades essenciais, nomeadamente a liberdade de imprensa, a liberdade de manifestação e a liberdade de circulação. Quando ocorrem acontecimentos desta natureza, na véspera das eleições, conta um dirigente político, contra uma voz discordante, é preocupante e é um sinal desencorajador para que tenhamos eleições livres, justas e transparentes".

Bubacar Turé mencionou ainda que este não foi o único ataque ocorrido hoje. Ao referir-se ao encerramento da sede do principal sindicato do país, a UNTG, desde quarta-feira à noite, com a impossibilidade desde esta sexta-feira de o responsável da central reeleito em Outubro, Júlio Mendonça, chegar ao seu gabinete, Bubacar Turé constatou que "ainda hoje se assistiu a mais um acto de ataque, de assalto à sede da maior central sindical, a UNTG, supostamente para instalar um outro dirigente sindical que alegadamente foi proclamado como secretário-geral desta organização sindical. Tudo isto são acontecimentos gravíssimos que atentam contra o Estado de Direito" concluiu o activista.

Refira-se que ambos os ataques aconteceram a poucos dias do arranque, no dia 13 de Maio, da campanha para as legislativas marcadas para o dia 4 de Junho. Perante dúvidas formuladas sobre a possibilidade de estas eleições acontecerem na data marcada, nomeadamente devido à falta de financiamentos, o Presidente da República reiterou nestes últimos dias que não encara de todo a eventualidade de adiar novamente as eleições que inicialmente tinham sido marcadas para Dezembro do ano passado.

 

 

Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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