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CIP denuncia exploração sexual de mulheres deslocadas

Cabo Delgado
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Há prostituição e exploração sexual de mulheres deslocadas de guerra na província moçambicana de Cabo Delgado por causa da extrema pobreza, denuncia o Centro de Integridade Pública.
Mulheres deslocadas envolveram-se na prostituição para sobreviver à extrema pobreza em algumas regiões de Cabo Delgado, província nortenha de Moçambique assolada pelo terrorismo. Entre elas, estão raparigas entre os 12 e os 17 anos

de idade, denuncia o Centro de Integridade Pública (CIP).

"Um número significativo de mulheres e raparigas deslocadas, na província de Cabo Delgado, recorre à venda de sexo como uma estratégia de sobrevivência", relata o investigador Aldemiro Bande.

"Mas não é só isso: Algumas mulheres chegam a ser aliciadas a envolverem-se sexualmente em troca de bens de assistência humanitária", acrescenta.

O estudo do CIP, apresentado esta terça-feira (30.05), refere que houve uma redução do apoio alimentar às vítimas do terrorismo, que acabam por ser empurradas para o mundo da prostituição. São mulheres que não conseguem desenvolver atividades de geração de renda, explica o investigador Aldemiro Bande.

"O recurso à venda de sexo é uma resposta a uma escassez estrutural que existe no meio em que elas se encontram. Muitas dessas mulheres passaram a ter novas responsabilidades", descreve.

Abusos sexuais

Além disso, há responsáveis de centros de acolhimento que aproveitam a escassez de alimentos para abusar sexualmente das mulheres, alerta ainda Aldemiro Bande.

"Este é um fenómeno sobre o qual a própria Procuradoria-Geral da República já se pronunciou. No terreno, o que verificamos é que isso ainda prevalece", afirma o investigador do CIP. "Há muito receio quando as abordamos, quando as entrevistamos. As mulheres mostraram que há muito receio de denunciar estes casos por temerem represálias e serem privadas de assistência alimentar".

Apoios sustentáveis

A socióloga Cassiana Tomé insiste que as falhas na assistência alimentar aos deslocados foi o que abriu as portas à "mercantilização" do sexo: "Muitas delas são induzidas e aliciadas a isso, é o último recurso. Elas não veem outra opção."

Para inverter este cenário, o estudo do CIP recomenda iniciativas de geração de renda mais abrangentes e assistência humanitária sustentável e duradoura. "Para que estas mulheres deslocadas, que precisam recomeçar a vida, possam sair da situação de dependência da assistência alimentar, mas que possam ser elas mesmas geradoras do seu próprio sustento", salienta o investigador Aldemiro Bande.

A pesquisa do CIP foi realizada em outubro de 2022 e envolveu três distritos, nomeadamente Metuge, Montepuez e Chiúre, além da cidade capital Pemba, na província de Cabo Delgado.

 

 

 

Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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