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A situação humanitária piorou

Cabo Delgado
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Violações dos direitos humanos aumentaram em Moçambique devido à violência em Cabo Delgado, denuncia a Human Rights Watch. Organização aponta também o dedo às forças de segurança moçambicanas.
No capítulo dedicado a Moçambique do seu relatório anual, publicado esta quinta-feira (13.01), a organização não-governamental concluiu que os combates entre as forças governamentais e os grupos islamitas no norte do país contribuíram

em 2021 para o retrocesso nos direitos humanos e para o agravamento da crise humanitária na região, o que já tinha acontecido no ano anterior.
"Cabo Delgado é a nossa maior preocupação [...] e a verdade é que a questão humanitária piorou e com ela vieram vários outros problemas de direitos humanos", disse à agência de notícias Lusa a responsável da HRW em Moçambique, Zenaida Machado, lembrando que foi em 2021 que se registou "uma das maiores crises de deslocamento de população", depois do ataque de março a Palma pelo grupo islamita Al-Sunna wa Jama'a (ASWJ).
Abusos contra residentes
Mais de 800 mil pessoas foram forçadas a deslocar-se até setembro, segundo o Governo e o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Cerca de 48% dos deslocados são crianças e mais de 84% vivem em alojamentos temporários e comunidades de acolhimento no país, enquanto 9% estão em campos de refugiados nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula.

Segundo Zenaida Machado, também foi em 2021 - por as pessoas terem conseguido sair das áreas onde estavam - que a HRW percebeu a dimensão dos abusos a que tinham sido sujeitas.
Em 2021, o grupo ASWJ continuou a atacar aldeias, matar civis, e raptar mulheres e crianças, relata a organização, lembrando que a Unicef alertou em outubro que os rebeldes estavam a treinar e doutrinar rapazes para combaterem e que a própria HRW encontrou provas de que os combatentes estão a usar centenas de mulheres e meninas raptadas em casamentos forçados ou como escravas sexuais.
Exploração sexual em troca de ajuda
A HRW recorda também as denúncias de exploração sexual de mulheres em troca de ajuda humanitária em vários campos de deslocados em Cabo Delgado e sublinha que até outubro o Governo não tinha assumido o compromisso público de investigar estas alegações.
A organização diz que o Executivo também não tomou qualquer medida publicamente conhecida para investigar acusações de violações dos direitos humanos por parte das forças de segurança moçambicanas nas operações antiterroristas em Cabo Delgado, nomeadamente intimidação, maus-tratos a pessoas deslocadas e uso de força ilegal contra civis.
Zenaida Machado recorda que houve relatos de pessoas impedidas pelas forças de segurança de fugirem de zonas afetadas pela violência, frisando que "muitas das pessoas que fugiram dos ataques dos insurgentes [...] denunciaram a ausência de qualquer auxílio ou proteção ou ajuda humanitária por parte das forças de defesa e segurança moçambicanas".

 

 

 


Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
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