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Falta de divisas afeta produção angolana de bebidas

A falta de divisas para a aquisição de matérias-primas no exterior está a afetar a produção no setor de bebidas em Angola, que contudo continua a registar taxas elevadas de utilização da capacidade instalada.

Angola
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A falta de divisas para a aquisição de matérias-primas no exterior está a afetar a produção no setor de bebidas em Angola, que contudo continua a registar taxas elevadas de utilização da capacidade instalada. 

A constatação foi hoje feita por uma delegação governamental angolana, liderada pelos ministros da Economia, Abraão Gourgel e pelo secretário de Estado da Indústria, Quiala Gabriel, que visitou algumas unidades fabris em Luanda, entre as quais a fábrica local do grupo português Sumol+Compal. 

Em declarações à imprensa, à margem da visita, o secretário de Estado da Indústria disse que a iniciativa teve como objetivo avaliar o estado atual do funcionamento das fábricas, numa fase de vendas limitadas de divisas, necessárias para o abastecimento destas unidades com matéria-prima adquirida no exterior. 

"O nosso objetivo era ter a certeza do grau de operacionalidade das fábricas e a nossa impressão é positiva e daí que estamos até aqui bastante satisfeitos, registamos problemas que são já do nosso conhecimento", adiantou Quiala Gabriel. 

Segundo o governante, a principal reclamação ouvida dos investidores está ligada precisamente com a falta de divisas para a aquisição, situação agravada pela crise financeira, económica e cambial que afeta Angola desde finais de 2014. 

"Isso implica a compra de divisas e é um produto hoje muito escasso e é preciso que seja distribuído de forma racional. A nossa indústria depende muito do exterior em termos da sua produção, mas a mensagem que temos vindo a deixar é que a indústria também tem que começar a apostar na aquisição local de matérias-primas, assim estaremos também a contribuir para a minimização da crise e a redução da necessidade de divisas no sistema bancário", disse o governante. 

Por seu turno, a secretária de Estado da Economia, Laura Monteiro, que também integrou a comitiva, frisou que o setor das bebidas, no âmbito da estratégia governamental para a saída da crise, foi priorizado e o Executivo tem concedido um nível elevado de apoios. 

"Estamos muito satisfeitos com os resultados que constatamos, as fábricas estão a laborar com uma taxa elevada de utilização das capacidades instaladas, o emprego está aí e acreditamos que a continuação dos apoios pode permitir inclusivamente o crescimento da produção", sublinhou. 

Laura Monteiro considerou o funcionamento das indústrias importantes para a economia do país, geradora de emprego e rendimento para as famílias. 

"A outra questão é que a área das bebidas são importantes para a substituição das importações, há poupanças importantes de cambiais, com impactos na balança de pagamentos do país por estarmos a produzir localmente", salientou. 

A Sumol+Compal, da área dos sumos e refrigerantes, foi um dos grupos portugueses que já instalou em 2016 uma fábrica em Luanda. 

Entretanto, a nova fábrica da empresária Isabel dos Santos vai iniciar no primeiro trimestre deste ano a produção, em Luanda, da cerveja portuguesa Sagres, através da Sociedade de Distribuição de Bebidas de Angola (SODIBA). 

Trata-se da mais recente empresa de produção e distribuição de bebidas em Angola, projeto cujo investimento, maioritariamente angolano, ascende a 150 milhões de dólares (139 milhões de euros).

 

 

 

 

Fonte:Angonoticias

Reditado para:Noticias do Stop 2016

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