A Sociedade Mineira do Catoca (SMC) passa a ser administrada por um Conselho de Gerência instituído para adequar os estatutos da empresa à lei angolana, anunciou ontem a companhia, num comunicado emitido depois de uma assembleia-geral
extraordinária realizada na terça-feira em Moscovo, capital da Rússia.
A decisão anuncia um Conselho de Gerência constituído por três gestores, que exercerão cumulativamente funções executivas, sendo um director-geral e dois directores-gerais adjuntos.
A assembleia solicitou a aceleração da aplicação do princípio da angolanização dos quadros da SMC e a revisão da composição de algumas direcções da sociedade, para serem ocupadas por quadros angolanos.
Outras decisões do encontro incidem sobre a criação de um Conselho de Supervisão para auxiliar os sócios no controlo dos custos operacionais e a aprovação de um orçamento, plano financeiro e de investimentos da SMC para 2017.
Os accionistas aprovaram igualmente um financiamento para o arranque da primeira fase do Projecto Luaxe, onde dados disponíveis no Jornal de Angola estimam a existência de 350 milhões de quilates para um projecto de exploração de 30 anos, avaliado em 1,5 mil milhões de dólares (250 mil milhões de kwanzas).
A SMC é uma companhia de prospecção, exploração, recuperação e comercialização de diamantes detida pela empresa estatal angolana Endiama, com 32,8 por cento de acções, a russa Alrosa (32,8 por cento), a LLI Holdings (18 por cento) e o grupo brasileiro Odebrecht (16,4 por cento).
Rotatividade dos cargos
Em Março do ano passado, os accionistas indicaram Sergei Mitiukhin, da Alrosa, para o cargo de director-geral, no quadro de decisões que prevêem a rotatividade da liderança da companhia entre os parceiros.
O gestor russo tem mais dois anos de mandato e é coadjuvado por dois directores-gerais adjuntos de nacionalidade angolana indicados pela Endiama.
Sergei Mitiukhin é formado na área de ciências da Terra e desempenhou o cargo de director de operações da Alrosa para a África, uma das principais empresas mundiais do sector dos diamantes.
A sociedade mineira desenvolve actividades nas províncias do Cuanza Sul, Lunda Sul, Lunda Norte e Bié. A mina de Catoca é o quarto maior quimberlito do Mundo a céu aberto, com um diâmetro de perto de um quilómetro, uma área de 64 hectares e uma profundidade de 120 metros.
Fonte:Angonoticias
Reditado para:Noticias Stop 2016
