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Angoche, o novo "El Dorado", atrairá a insurgência de Cabo Delgado?

Cabo Delgado
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Não há consenso: Uns entendem que não, que se trata de uma "ligação um pouco forçada" e sublinham enfraquecimento dos insurgentes como uma limitante. Outro diz que há o riscos de Angoche se tornar o novo palco de guerra
Os primeiros furos de pesquisa de hidrocarbonetos em Angoche, província nortenha de Nampula, liderados pela petrolífera norte-americana Exxon Mobil, deverão estar concluídos este ano. Mas o otimismo em relação a um futuro melhor

também vem acompanhado do receio da eclosão de um segundo foco de insurgência, à semelhança de Cabo Delgado, província também do norte de Moçambique.
Mas o sociólogo e especilsita em Estudos Africanos João Feijó entende que, em jeito de prevenção, pelo menos um passo adiante já foi dado: "Presume-se que existem hoje mais agentes de segurança no terreno, atentos e espalhados pela costa, o que poderá prevenir o alastramento da insurgência pela costa de Nampula".
Mas o investigador alerta que "agora que esse risco existe, existe. E os próximos tempos dirão se haverá capacidade ou não de suster a insurgência".
"Ligação um pouco forçada neste momento"

A sustentar as desconfianças de alastramento dos ataques está o facto de Nampula ser zona de influência dos insurgentes. Por exemplo, comungam da religião dominante na província, o Islão, elemento de fácil manipulação. E isso fez da região um dos principais polos de recrutamento natural.
Mesmo assim, nem todos veem motivos para alarme, como é o caso da especialista em prevenção de extremismo violento Egna Sidumo: "Não acredito que haja uma ligação direta entre o novo "El dorado" com o extremismo violento ou possível alastramento de Cabo Delgado para Nampula. Em relação Angoche, acho que estamos a fazer uma ligação um pouco forçada neste momento".
"O local que me parece merecer maior atenção é Memba. Angoche está um pouco mais distante e está um pouco mais para o interior. Memba está mais próximo de Cabo Delgado e é área de maior recrutamento", adverte.
Expansão a curto prazo não
Também o especialista em resolução de conflitos e políticas públicas Rufino Sitoe não prevê uma pulverização dos ataque armados para Angoche. Mas os seus argumentos têm fundamentação tático-militar:

"Se calhar pelo rumo do combate e para onde os grupos se estão a deslocar a curto prazo, não é previsível para Angoche, porque eles estão a ir no sentido noroeste, Mecula. Estão com tendências de se dirigir para o interior. Sem contar que as regiões a sul são muito mais protegidas", entende.
E destaca as fragilidades dos insurgentes: "E não nos esqueçamos que este grupo está a sofrer baixas e é a vítima até então. A não ser que se trate de algumas ações esporádicas, de algumas ações de terror que não envolvam essa componente de guerrilha, como tem estado a fazer nos últimos tempos".
"Estou a falar dos lobos solitários que atacam isoladamente. Mas com a metodologia que usam, acho pouco provável que isso aconteça agora", avalia.
Inclusão como medida imediata
Vários pesquisadores moçambicanos constataram que a insurgência no norte de Moçambique nasceu da exclusão social e, por isso, são a favor da criação de políticas de inclusão. E para atravancar os impactos do alastramento, o investigador João Feijó defende medidas imediatas mais ajustadas.
"É preciso repensar o modelo de desenvolvimento. Que seja mais gerador de emprego, que apoie a criação de pequenos negócios, a formação de pequenos empresários, em termos financeiros e de gestão, com políticas económicas que depois também os protejam", enumera.


Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
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