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LINHA FÉRREA CUAMBA-LICHINGA VAI ALAVANCAR O DESENVOLVIMENTO DO NIASSA

O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que a linha férrea Cumba-Lichinga, completamente reabilitada e moderna

Niassa
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O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que a linha férrea Cumba-Lichinga, completamente reabilitada e moderna, vai alavancar o desenvolvimento socioeconómico da província do Niassa assim como da região norte de Moçambique.

A reabertura da ferrovia, com um percurso de 262 quilómetros, constitui, segundo Nyusi, a outra libertação e menos uma razão para Niassa continuar desconhecida e esquecida e vinca a ideia de que a caminhada se faz caminhando.

O estadista moçambicano falava esta quarta-feira no bairro de Chiuaula, onde fica Estação Central da cidade de Lichinga, na cerimónia de reabertura da linha férrea que estabelece a ligação entre as cidades de Cuamba e Lichinga, que em 2010 viu interrompida a circulação de comboios devido ao acentuado estado de degradação.

Todavia, o Corredor de Desenvolvimento do Norte, CDN, entidade gestora da ferrovia, decidiu em interromper a circulação dos comboios e embarcar, em 2014,na sua reabilitação total, cujas obras custaram cerca de 100 milhões de dólares americanos, desembolsados pelos respectivos accionistas.

“Hoje o comboio apitou. O comboio que inauguramos apitou também em Cuamba, Mandimba, Ngaúma, Chimbonila e Lichinga e as comunidades saíram a rua para o saudar. O apito está também a ser ouvido em Mavago, Lago, Sanga, Muembe, Mecula, Marrupa, Maúa, Metarica, Mecanhelas, Majune e Nipepe”, disse o presidente.

Numa descrição histórica da ferrovia, o Chefe de Estado disse que para além dos maquinistas, fogueiros, condutores, assentadores de via, revisores, electricistas e mecânicos serralheiros e entre outros tantos, a linha retrata a heroicidade dos trabalhadores moçambicanos, daqueles que faziam o comboio enfrentando a morte, bem como dos muitos maquinistas que saíram para trabalhar e não voltaram a casa.

Segundo o presidente, com o comboio na estação de Lichinga, o país orgulha-se dos passos que está a dar, porquanto alimentar-se-á do feijão sem igual, produzido em Niassa, e o país desfrutará da melhor batata reno que brota nas terras de Niassa e não encontra concorrência. 

A presença do comboio em Niassa levará os investidores a projectarem com ambição competitiva a exploração do carvão de Maniamba, o calcário de Sanga, a soja, tabaco, gergelim e mais outros produtos, assim como levar à província os bens que não são da sua lavra nem do seu fabrico.

Nyusi apontou, na ocasião, a Agenda 2025, Visão e Estratégia da Nação, que preconiza as infra-estruturas como um factor determinante para impulsionar o crescimento e desenvolvimento económico assim como a melhoria do ambiente de negócio no país.

Quando a via estava em avançado estado de degradação, uma viagem de comboio no percurso entre as duas cidades era feita em três dias e, no período chuvoso, a situação ficava muito mais insustentável chegando-se a levar três semanas, com todos os constrangimentos à mistura. Mas agora passará a sete horas.

No acto inaugural da ferrovia, o Presidente Filipe Nyusi, juntamente com os membros do governo, quadros directivos do CDN entre outros convidados, efectuaram a viagem, de ida e volta, até a estação do distrito de Chimbonila, num percurso de 15 quilómetros. 

A estrada ferroviária, segundo o presidente, induzira a criação de mais postos de emprego, tornará mais fácil e barata a circulação de pessoas e bens bem como alargar a base de arrecadação de receitas para a economia nacional. 

Por outras palavras, segundo Nyusi, a ferrovia elevará o poder económico dos produtores de quase toda a região norte do país, assim como dinamizar uma maior integração da economia, nacional através da ligação Lichinga, Cuamba e Nacala. O mesmo acontecerá na ligação Cuamba, Entre Lagos, Malawi, Moatize até Beira. 

A ferrovia, que na fase de reabilitação gerou 450 postos directos de trabalho, constituídos na sua maioria por população jovem proveniente dos troços de Cuamba, Ntande, Nteteia e Lichinga, está projectada para transportar um volume anual de carga na ordem de um milhão de toneladas, um grande desafio aos produtores e agentes económicos de Niassa.

Filipe Nyusi pediu as demais comunidades residentes nas proximidades da via para respeitarem a travessia nas passagens de nível no sentido de evitar que a nova linha não se torne corredor de acidentes.

 

 

 

 

Fonte:RM

Reditado para:Noticias Stop 2016

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