
Nyusi avançou o facto, esta sexta-feira, no lançamento da Campanha Agrária 2016/17, no distrito de Mopeia, província central da Zambézia.
Segundo o Presidente, os indicadores de cereais se situam em 2,4 milhões de toneladas, 656 mil toneladas de leguminosas diversas e 1,6 milhões de toneladas de batata-doce.
A produção de hortícolas, durante a campanha passada, segundo Nyusi, superou as expectativas ao situar-se em 1,9 milhões de toneladas. Mas os níveis de importação, de tomate e cebola, ainda são bastante elevados.
A produção da mandioca, segundo o Chefe do Estado, foi de 9,1 milhões de toneladas e esteve acima da meta de oito milhões de toneladas estabelecida na última campanha agrícola.
“Acreditamos que os produtores encontram terreno fértil para expandir a produção e produtividade desta cultura para uma taxa de crescimento superior a 30 por cento na campanha que hoje (sexta-feira) inicia”, disse Nyusi.
A batata-reno, segundo o Presidente, continuou a registar um défice de 142 mil toneladas ao situar-se em 263 mil toneladas na última campanha, o que exige maior atenção uma vez que esta cultura revela se muito importante para a dieta alimentar das famílias moçambicanas.
O desafio para a presente campanha é superar as previsões de 2017, e estabelecer a produção da batata reno em 420 mil toneladas para a presente campanha, reduzindo o défice para 89 mil toneladas que deverá ser superado nos próximos dois anos.
“Advertimos o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar para seguir rigorosamente esta cultura. Temos que satisfazer as necessidades alimentares dos moçambicanos”, sublinhou o Presidente Nyusi.
“Moçambique é, actualmente, quase auto - suficiente na produção de milho, apesar da queda de 12 para seis por cento de 2015-2016, devido à estiagem”, afirmou Nyusi, apontando como desafio, nesta cultura, para 2017, duplicar a taxa prevista de crescimento actual situada em 17 por cento para 34 por cento.
Segundo Nyusi, também é necessário incrementar os níveis de processamento da farinha de milho a nível nacional em substituição das importações que continuam com níveis bastante elevados em detrimento da auto-suficiência e retenção de poupanças.
Para o alcance dos níveis de produção à escala nacional, é, segundo o Presidente, imprescindível que haja um movimento global, integrado e sustentável de todos os actores sociais e de desenvolvimento.
Nyusi encorajou os moçambicanos a redobrarem esforços para realizarem atempadamente a sementeira, aumentar a vigilância da sanidade vegetal e animal, e aproveitarem as terras húmidas e dos regadios já construídos para o cultivo intensivo de hortícolas.
Apontou, ainda, a necessidade de se pulverizar cajueiros e se instalar sistemas de rega em áreas com potencial de uso racional da água.
As pastagens, segundo Nyusi, deverão ser melhoradas através do fomento do cultivo de forragem, da gestão equilibrada dos recursos e produtos florestais, incluindo os não madeireiros, capacitação dos camponeses, agricultores e criadores, em técnicas e tecnologias promotoras de aumento de produção e produtividade.
De acordo com Nyusi, os Governos central e provinciais são chamados a prover extensionistas e assistência técnica, através da disponibilização de sementes melhoradas, equipamentos de produção e insumos agrícolas.
Fonte:RM
Reditado para:Noticias Stop 2016
