Morreram pelo menos 29 pessoas num ataque a um campo de refugiados na região do Kachine, norte de Myanmar, país do sudeste asiático. O grupo rebelde que controla a região acusou o exército de estar na origem do ataque. Os militares no poder negam qualquer implicação.
É o ataque mais mortífero contra civis desde o golpe de Estado militar em Fevereiro de 2021 em Myanmar, país do sudeste asiático. Durante a noite de segunda-feira um ataque de artilharia abateu-se sobre um campo de refugiados internos, na região do Kacihne, matando pelo menos 29 pessoas e ferindo outras 59, incluindo mulheres, crianças e pessoas idosas.
Segundo fontes locais citadas pela agência France-Presse, a agressão teve lugar a poucos quilómetros de um campo militar controlado pelo KIA, o exército independente do Kachine, que está em conflito com o regime.
Várias regiões de Myanmar mergulharam num conflito brutal que confronta exércitos constituídos por múltiplas minorias étnicas e um movimento de resistência ao regime militar.
O Governo de Unidade Nacional (NUG), oposto à junta, lastimou o acontecimento, qualificando-o de "crime de guerra e crime contra a humanidade" e apelando a comunidade internacional a reagir. Por sua vez, um porta-voz do regime negou a responsabilidade do exército no ataque.
A delegação das Nações Unidas na Birmânia condenou o ataque, através do Facebook, afirmando que os "civis nunca devem ser alvos".
Desde o golpe de estado militar em 2021, os confrontos entre os militares e o exército independente do Kachine intensificaram-se. Em 2022, os militares mataram cerca de 50 pessoas durante um concerto organizado pelo KIA.
Ainda em Myanmar, na região litoral de Bago, no Sul do país, cerca de 14 000 pessoas fugiram das suas casas devido a inundações inéditas que provocaram a subida do nível da água. Cerca de 5 600 pessoas foram acolhidas em centros temporários de urgência, geridos pelo governo local.
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Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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