
Sendo que a partir do segundo semestre de 2014 observou-se a queda da cotação internacional do crude, que segundo o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2016 alcançou o nível de redução acumulada de aproximadamente 54,6%, na avaliação de Junho de 2014 a Janeiro de 2015, condição gerada pelos motivos amplamente explorados que incluem o aumento da produção petrolífera pelos EUA, que deixaram de ser importadores líquidos de crude.
À semelhança desta recente redução nas taxas Luibor, as taxas de juro dos Bilhetes de Tesouro também reduziram, na última semana do mês de Maio, de 19,88% para 18,40%. A nível do mercado externo, as yields dos Eurobonds de Angola seguiram a mesma tendência, contraindo de 10,8% para 9,8% de Abril a Junho do ano corrente.
Estes pontos positivos podem sinalizar alguma melhoria no ambiente económico interno e externo, dado que as yields diminuíram no período exacto em que se tornou pública a intensão de aderir ao programa Extended Fund Facility do Fundo Monetário Internacional (FMI), a mesma tendência verificada com o anúncio da chegada ao país da delegação desta instituição de Bretton Woods, com as taxas de juro dos BT’s a reduzirem num período em que o preço do petróleo está a aumentar, alimentando a ideia de estar a chegar uma fase de alívio.
A cotação do crude tem apresentado uma evolução significativa nos últimos meses, em que segundo a Bloomberg, os maiores aumentos na cotação foram registados nos meses de Março com registo de evolução do preço de 3,63% para 39,60 USD/barril e de Abril com aumento de 8,53%, tendo se situado em 48,13 USD/barril. Após ter alcançado a fasquia de 40 USD/barril em Abril do ano corrente, no mês de Julho a cotação em 50 USD/barril apresentou-se como uma constante, face ao impacto dos incêndios no Canadá que pressionaram a produção do país, sendo que a Energy Intelligence Unit divulgou que de Janeiro a Abril a produção reduziu em 0,57% para 3,8 milhões barris/dia, do registo da Energy Information Administration de redução na produção de crude norte-americana que de Janeiro à última semana de Maio reduziu em 5,25% para 8,7 milhões de barris/dia e da expectativa de redução da produção na Nigéria em consequência de tensões sociais.
O desempenho positivo do crude tem produzido efeitos sobre as receitas petrolíferas que aumentaram em 43,3% para 102,2 mil milhões AKZ em Abril, após estabelecer-se em 71,3 mil milhões AKZ no mês anterior, sobre as reservas internacionais líquidas (RIL) que evoluíram para 24,15 mil milhões USD em Março, em relação ao registo de 23,9 mil milhões USD referente ao mês anterior, que contribuíram para a redução do nível de desvalorização da moeda que em Abril foi de 3,24% estabelecendo-se em 165,8 AKZ/USD e para Maio, de acordo com o câmbio médio apurado nas vendas semanais divulgadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) a expectativa é que o câmbio desvalorize em 0,02% para 166,71 AKZ/USD.
A suavização da política monetária contraccionista na reunião do Comité de Política Monetária (CPM) de Abril, após o aumento sem precedentes das taxas de juro de referência em Março, diante da moderação da taxa de inflação mensal que em Abril reduziu em 0,29 p.p. para 3,14%, associada a expectativa de moderação na desvalorização do câmbio, e a redução das taxas dos Bilhetes do Tesouro (BT), têm contribuído para que no curto prazo aumente a expectativa de que o BNA modere a elevação das taxas de juro directoras e apesar do aumento das transacções de liquidez entre os bancos comerciais de 100 mil milhões AKZ em Abril para 101 mil milhões em Maio, as taxas Luibor apresentem redução em algumas maturidades.
Fonte:Angonoticias
Reditado por: Stop Noticias 2016
