
Nakamura, na disputa pelo bronze da categoria meio-leve (até 52kg), e deixa mais uma vez um torneio olímpico de judô de peito vazio.
Em uma luta muito estudada, a brasileira começou o combate mais agressiva do que a adversária. A japonesa, então, passou a dominar o combate, levando a rival para os cantos do tatame para forçar um shido da dona da casa.
A tônica prosseguiu até o fim dos cinco minutos, e a luta foi para o golden score. Aos dez segundos de luta, Érika se arriscou e quase levou o contragolpe da adversária. Mas prosseguiu lutando, apoiada pela torcida brasileira que, nervosa como a anfitriã, tentava apoiar a representante do país na Arena Carioca 2.
Com dois minutos e 20 segundos de tempo extra, a japonesa mostrou porque é tricampeã mundial e medalhista de bronze da modalidade. Aproveitando um momento de desconcentração de Érika, acertou um belo golpe, obteve um yuko e ficou com a vitória.
O caminho até a disputa pela medalha, que seria inédita para a Érika, prata no Mundial de 2013, também disputado no Rio de Janeiro, e bronze no de 2015, em Cheliabinsk, na Rússia, foi tortuoso assim como em suas outras participações olímpicas. Parecia que terminaria em final feliz, mas acabou em decepção.
Em 2008, a atleta sofreu uma grave lesão no joelho direito que a tirou dos Jogos de Pequim pouco antes do início das competições. Quatro anos mais tarde, em Londres, era mais uma vez cotada como uma das favoritas à medalha de ouro, mas perdeu de forma precoce na estreia para a sul-coreana Kim Kyung-ok.
No Rio, Érika estreou com vitória tranquila sobre a tunisiana Hela Ayari, após ippon por imobilização, um sinal de que história poderia ser enfim diferente para a atleta, de 29 anos. Mas a chinesa Ma Yingman, atual vice-campeã asiática, estragou os planos de ouro no Rio de Janeiro nas quartas de final, colocando em dúvida até mesmo a possibilidade de medalha na Arena Carioca 2.
Na repescagem, a brasileira se deparou com a romena Andreea Chitu, que a venceu nas semifinais do Mundial de 2014. Érika chegou a estar perdendo por um wazari até poucos instantes antes do fim da luta, mas encaixou um ippon com gosto de revanche que manteve viva a esperança do inédito bronze olímpico, sonho frustrado por Nakamura.
Dessa forma, a equipe de judô brasileira, grande esperança de medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016, termina seu segundo dia sem pódios. Ontem, os medalhistas de ouro e bronze em Londres 2012, Sarah Menezes e Felipe Kitadai, respectivamente, decepcionaram e caíram na repescagem. Já neste domingo, Charles Chibana foi derrotado na primeira luta pelo japonês Masashi Ebinuma.
Fonte:GAZETA PRESS
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters
