“Realidade virtual aumenta a empatia”, diz diretor de Stanford

Realidade virtual: método de visualização de conteúdos pode mudar comportamento humano

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A realidade virtual, que permite vivenciar experiências digitais com imagens em 360 graus, ajuda a aumentar a empatia das pessoas. É o que afirma Jeremy Bailenson, diretor-fundador do Laboratório de Interação Virtual Humana da Universidade de Standford

.Em entrevista, Bailenson conta que estudos realizados na universidade mostraram que quem usa realidade virtual para vivenciar experiências de pessoas com necessidades especiais passou a ser mais prestativo.

Ou seja, ficou mais fácil de se colocar no lugar do outro com a ajuda de uma simulação e, por isso, ficou mais fácil de notar a necessidade de auxílio em determinadas situações.

Dispositivos de realidade virtual já são abundantes atualmente, em grande parte, pela possibilidade de visualização de conteúdo apresentada pelo Google, em 2014. Produtos como o CardBoard permitem que usuários de smartphones vejam as imagens em 360 graus de maneira imersiva, com as imagens tão próximas dos olhos que chegam a substituir tudo que você vê ao seu redor.

Confira os melhores trechos da entrevista com Bailenson a seguir.

Em quais setores você acredita que a realidade virtual terá um impacto real na sociedade?

Jeremy Bailenson: A realidade virtual será ótima para uma enorme variedade de aplicações, incluindo medicina, comunicações, treinamento e educação.

Você acredita que a realidade virtual irá se tornar uma plataforma popular de entretenimento ou será algo voltado para pequenos grupos de usuários?

Há centenas, senão milhares, de pessoas em todo o mundo que têm algum tipo de dispositivo de realidade virtual. O próximo Natal será um ponto de inflexão para essa tecnologia.

A realidade virtual demanda muito poder de processamento de imagens atualmente. Isso irá mudar?

A maioria dos smartphones tem poder de processamento para renderizar conteúdos de realidade virtual hoje. Google, Samsung e outras empresas estão agora desenvolvendo seus próximos celulares já com o poder de processamento necessário para a realidade virtual.

Na sua visão, a realidade virtual abre caminho para um movimento artístico completamente novo?

Uma das experiências mais exaltadas na realidade virtual é uma chamada “Tilt Brush”. O usuário movimenta suas mãos para esculpir e pintar no espaço 3D e outros podem se conectar a ele nesse simulação para ter a experiência artística. Essa é uma das demonstrações mais populares na história da realidade virtual.

Há algo que você gostaria de dizer ao público brasileiro que é fã de tecnologia?

 

Conduzimos uma série de estudos que mostram que a realidade virtual pode aumentar a empatia e o comportamento. Em um estudo em que os grupos participantes eram daltônicos na realidade virtual ou simplesmente imaginavam que eram daltônicos, aqueles que tiveram a experiência da limitação visual na realidade virtual se mostraram mais propensos a passar mais tempo ajudando alguém que tinha esse tipo de deficiência após o estudo.

Em outro caso, descobrimos que alguém que se torna um super-herói na simulação se torna mais prestativo na vida real. Esses resultados mostram que uma experiência imersiva, na qual você realmente se sente no lugar de outra pessoa, ou sente como se ganhasse uma nova habilidade, pode ter um impacto especial nos seus pensamentos e comportamentos na vida real.

Bailenson irá participar do HSM Expo, na próxima terça-feira (8), em São Paulo, no Transamérica Expo Center. No evento, o diretor fará um workshop para colocar a criatividade em ação e promover uma verdadeira imersão dos participantes na realidade virtual, em parceria com a Samsung, que tem o dispositivo Gear VR. Confira a programação do evento aqui.

 

 

 

 

Fonte:EXAME

Reditado para:Noticias Stop 2016

Fotografias:Getty Images / Reuters /EFE

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