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Nyusi em Bruxelas a fazer "eco" ao pedido de apoio do Ruanda?

Cabo Delgado
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Filipe Nyusi foi à sede da UE apenas "rubricar" o apoio europeu à missão militar do Ruanda em Cabo Delgado, diz analista. Moçambique passa imagem de passividade num caso de soberania. Falta de liderança ou estratégia?
Depois da visita do chefe da diplomacia europeia, Joseph Borrell, a Moçambique ter falhado em finais de janeiro por causa da Covid-19, segundo a justificação do bloco europeu, agora o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, está em

Bruxelas a convite da UE, até 9 de fevereiro. Como é habitual, não se conhecem os detalhes da sua agenda, mas sabe-se que o motivo da visita de Borrell era a insurgência em Cabo Delgado.
Para o analista alemão André Thomashausen, "o que deve estar na agenda é uma discussão do pedido do Ruanda à União Europeia (UE) para apoio financeiro para poder continuar a sua missão de apoio militar na defesa da segurança e no combate do terrorismo islâmico no norte de Moçambique, em Cabo Delgado".
O académico acredita que "esse pedido evidentemente tem a ver com os elevadíssimos custos dessa operação, estimados em mais ou menos um milhão de dólares por dia".
UE só quer o carimbo de Moçambique?
Em finais de janeiro, o Ruanda terá pedido apoio financeiro à UE, uma solicitação que poderá ser bem acolhida pelo grupo comunitário, considerando, por exemplo, os resultados significativos que a missão ruandesa vem obtendo no norte de Moçambique e a simpatia que os europeus nutrem por Paul Kagame.
O suporte financeiro e não só pode significar o estreitamento de laços entre a UE e o Ruanda num assunto exclusivamente moçambicano. "Só que surpreende que não seja Moçambique a pedir esse apoio, mas o Ruanda diretamente", diz Thomashausen.
O analista entende que "a UE provavelmente vai querer simplesmente de Filipe Nyusi uma confirmação de que tal apoio à missão do Ruanda será bem-vindo pelo Governo de Moçambique e que Moçambique gostaria de continuar com a presença dos soldados ruandeses dos cerca de 2.500 soldados ruandeses que protegem Afunge, zona de exploração de gás da Total Energies, que defende interesses franceses e por essa via consegue mobilizar apoios da UE".
Moçambique a capitalizar lugar "privilegiado" do Ruanda?
Hoje, em África, o Ruanda é o "menino dos olhos bonitos" da UE. Por exemplo, o país de Paul Kagame é visto como um dos raros exemplos de desenvolvimento em África, acolhe multinacionais europeias como a fábrica automóvel alemã Volkswagen e dá um relevante contributo à ONU com capacetes azuis.
Estará Moçambique a capitalizar esse lugar "privilegiado" do Ruanda junto da UE para obter apoios mais substanciais? O especialista em relações internacionais e membro do maior partido da oposição, RENAMO, Manuel de Araújo opina: "Estaria bastante feliz se o meu país e o nosso Governo estivessem a capitalizar esta posição, mas infelizmente me parece que o nosso Governo nem sequer percebeu que é possível capitalizar, e isso deixa-me bastante triste. Moçambique não está a aproveitar este posicionamento de Kagame e muito menos este eixo Paris-Kigali."

Seria melhor Moçambique tomar uma posição de liderança"
Porém, esta imagem de auto-exclusão pública que Maputo deixa transparecer levanta questionamentos: porque Moçambique não assume a liderança dos seus próprios interesses e destino?
Thomashausen sugere que "seria mais aconselhável o país pedir diretamente as ajudas". Seria melhor que Moçambique tomasse "uma posição de liderança em relação ao combate do terrorismo, porque é uma questão de soberania, de Estado e segurança de Estado e do território, mas na realidade Moçambique não tem capacidade para manter a situação estável".
Assim, segundo o analista, para "evitar uma possível secessão, declaração de independência de Cabo Delgado, tipo república islâmica de Cabo Delgado", Moçambique "depende muito de países amigos como o Ruanda e a UE".

 


Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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