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Isabel II "manteve unidade e resistiu ao declínio do Reino Unido"

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As cerimónias fúnebres de Isabel II vão prolongar-se durante mais de dez dias, vão cumprir um ritual que passa pela vinda do corpo do Castelo de Balmoral, na Escócia, onde morreu, para Londres. Amanhã, sábado, 10 de Setembro, o caixão deve ir para o palácio Holyroodhouse, em Edimburgo, na Escócia, como prevê a Operação Ponte de Londres.

A rainha Isabel II morreu esta quinta-feira aos 96 anos. O estado de saúde da rainha piorou, drasticamente, um ano depois de passar uma noite no hospital por razões desconhecidas.

O Palácio real britânico divulgou um comunicado no qual refere que a monarca morreu "em paz" durante "a tarde" no castelo de Balmoral, onde a família real estava reunida. Segundo o Palácio de Buckingham, o filho Carlos tornou-se, automaticamente, o novo monarca do Reino Unido.

"Não há duvida que a monarquia britânica tem um enraizamento na população. A rainha Isabel II, pela sua longevidade e resistência aos diversos eventos, ao longo de 70 anos, adquiriu um respeito da maior parte da população e isso reflecte-se neste luto generalizado", descreve Francisco Bettencourt, Professor no King's College, em Londres.

A juventude britânica não terá a mesma relação com a monarquia, existindo alguma "distância", mas "a população em geral segue esse luto", descreve o docente, acrescentando que se trata de "um luto que muito tem a ver com a personalidade da rainha Isabel II".

Em 70 anos, o Reino Unido deixa de ser uma potência colonial, deixou de ser uma potência imperial, deixou de ter a presença do mundo que teve até à Segunda Guerra mundial. Depois do Brexit, o isolamento do Reino Unido começa a fazer-se sentir e as dificuldades económicas acumulam-se. "Este é um momento de declínio e a rainha Isabel II esteve durante 70 ano neste processo de declínio político, representando uma unidade de um país com problemas de diversas nacionalidades, escoceses, irlandeses, ingleses", aponta.

Em 1999, Isabel II visitou Moçambique, recém-membro da Commonwealth. Na curta visita, de 12 horas, a monarca foi recebida pelo Presidente Joaquim Chissano e reuniu-se com o líder da Renamo, do maior partido da oposição, Afonso Dhlakama.

O historiador moçambicano, António Sopa, não se recorda desta visita, lembrando que "vários membros da realeza foram passando por aqui. Eram visitas muito fechadas porque não havia contacto com o resto da população e não há muito para dizer sobre isso".

Moçambique entra na Commonwealth em 1997, António Sopa lembra que o país sempre foi "uma espécie de enclave no mundo anglófono. O governo e a Frelimo sempre tentaram captar atenções em todas as áreas. Moçambique vivia sempre dificuldades, por vezes maiores e outras menores", acrescenta.

Com a entrada de Moçambique na Commonwealth, o país não ganha apoio directo, mas "apoios através da SADC", através de grandes projectos como "linhas férreas, estradas, na área da energia. Os grandes países doadores financiavam estes projectos", descreve António Sopa. O Reino Unido apoiava, de forma indirecta a SADC, pelas relações com países anglófonos, tirando a África do Sul.

 

 

Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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