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“Desastre do século”: socorristas extraem últimos sobreviventes dos escombros

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Enquanto ainda se extraem os últimos sobreviventes dos escombros, começam-se a enterra os mortos do “desastre do século”. O balanço de vítimas do sismo, que não é ainda final, é avassalador, e a dor e a tristeza começam agora a dar lugar à raiva – e a acusações contra o governo de Erdogan.


Com apenas 10 dias, o bebé Yagiz – e a sua mãe, foram retirados na noite de quinta-feira, 9 de Fevereiro, dos escombros de um prédio na cidade de Samandag, na região de Hatay, na Turquia. 90 horas depois do primeiro abalo que transformou esta vasta região do sudeste da Turquia e do noroeste da Síria num cenário apocalíptico.

Com menos de uma semana de vida, Yagiz viveu um dos sismos mais violentos de sempre, provavelmente o pior tremor de terra no longo registo de abalos sísmicos da história da Turquia, e sobreviveu quatro dias debaixo dos escombros, com a sua mãe.

A probabilidade de encontrar sobreviventes é agora cada vez menor. Durante o dia de ontem, ainda foram retirados alguns, com vida, de vários locais da Turquia e do noroeste da Síria, pelos cerca de 100.000 homens e mulheres envolvidos nas operações de busca e salvamento, incluindo 7.000 elementos estrangeiros de mais de 40 países, que têm actuado sobretudo na Turquia. Devido ao isolamento internacional do regime sírio, e à guerra, só uma pequena parte da ajuda internacional chegou à Síria.

O balanço final do “desastre do século”, como lhe chamou Recep Tayyip Erdogan, o Presidente turco, ainda é provisório, mas de momento há mais de 21.000 mortos confirmados, 18.000 dos quais na Turquia, onde foram também registados mais de 75.000 feridos.

A operação de resgate de sobreviventes está, aos poucos, a transformar-se numa operação de rescaldo e de tratamento dos sobreviventes. Milhões de pessoas estão agora desalojadas, e uma parte delas tem estado a dormir ao relento, ou em centenas de milhares de tendas colocadas um pouco por toda a região pelo Crescente vermelho.

E o choque, a dor e luto estão agora a dar lugar à raiva e à frustração. Como e onde foram utilizados os milhões que o Governo turco arrecadou através do imposto para os tremores de terra, decretado após o sismo de 1999, em Istambul (que causou mais de 17.000 mortos), e que deveria servir para aumentar a resiliência da sociedade turca para estes desastres naturais? Porque é que edifícios novos, construídos depois da legislação anti-sísmica ter sido aprovada, continuam a cair como baralhos de cartas? Porque é que o Governo accionou tão tarde a mobilização do exército e das outras forças de segurança, perante a magnitude do desastre? Perguntas que o governo de Erdogan terá agora de responder, a três meses e meio das eleições presidenciais na Turquia.

 

 

 

Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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