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Standard & Poor´s desce perspectivas para Angola

A previsão para o crescimento da economia nacional este ano é ainda mais modesta que a inscrita pelo Executivo no OGE revisto (1% contra os 1,1% oficiais).

Angola
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O abrandamento do crescimento e a persistência do preço baixo do petróleo levam a agência de avaliação financeira a baixar as suas expectativas, prevendo, no entanto, o aumento da produção petrolífera e a recuperação do crescimento económico

A Standard & Poor´s admite que a economia será capaz de voltar a aumentar a passada do crescimento Luís Faria A Standard & Poor’s (S&P) baixou as suas perspectivas para o risco soberano de Angola, passando-a de ‘estáveis’ para ‘negativas’. A agência de rating justifica a revisão em baixa com o abrandamento do crescimento económico e com a evolução do preço do petróleo, que continua a afectar tanto o sector petrolífero como o sector não petrolífero da economia angolana.

No entanto, a S&P espera que a deterioração do défice fiscal e do défice nas contas externas será minimizada e que o preço do petróleo venha a registar incrementos ao longo dos dois próximos anos.

Além disso, a agência de notação financeira adianta a numa nota a que OPAÍS teve acesso, datado de 12 de Agosto, o Governo dispõe de activos líquidos consideráveis que justificam a classificação ‘B’ para o risco soberano. Pelo que a agência de ‘rating’ reafirma a classificação ‘B/B’, para o longo e curto prazo, atribuída ao risco da dívida soberana.

‘O sector não-petrolífero, que contribui em cerca de 60% para o PIB, e que esperávamos atingisse um ritmo mais elevado de crescimento, tem registado uma desaceleração mais acentuada que o previsto, uma vez que as indústrias dependentes da importação, como a construção e o retalho, se confrontam com os constrangimentos existentes na oferta de divisas. Também as despesas de capital, que contribuem significativamente para o crescimento, foram cortadas no âmbito do plano de consolidação orçamental’, lê-se na nota. Refira- se que o OGE revisto aumenta consideravelmente as despesas de capital, o que se reflecte numa diminuição da despesa superior à da receita e à subida do défice orçamental estimado.

A previsão para o crescimento da economia nacional este ano é ainda mais modesta que a inscrita pelo Executivo no OGE revisto (1% contra os 1,1% oficiais). No entanto, para os próximos anos as perspectivas são bem mais positivas, estimando a S&P que a economia nacional cresça 3,7% entre 2017 e 2019. O que se ficará, explica, muito a dever a aumentos na produção petrolífera, prevendo que esta aumente para 1,9 milhões de barris por dia em 2018. Expectativas que, avisa, não estão isentas de riscos, já que as companhias petrolíferas podem rever ou abrandar a implementação dos seus planos de investimento, o que se traduziria em menores acréscimos de produção.

 

Rendimento desceu

 

A Standard & Poor´s assinala que após a desvalorização de cerca de 50% da moeda nacional ao longo dos dois últimos anos os níveis de riqueza reduziram-se, devendo o rendimento ‘per capita’ ter descido abaixo de USD 4 mil em 2016. O défice da conta corrente com o exterior é estimado em 10% do PIB, entre 2016 e 2019, um défice que continuará, segundo a agência, a pressionar as reservas externas, que corresponderão a 20% do PIB este ano. Em resultado, a S&P admite que as necessidades brutas de financiamento subirão significativamente entre 2016 e 2019, adiantando uma estimativa para o montante das necessidades brutas de financiamento dos sectores público e privado e do sistema financeiro este ano e no próximo: USD 32 biliões. A Standard & Poor’s assinala que o Executivo tem vindo a adaptar a sua política fiscal à evolução da conjuntura e assinala que os activos líquidos detidos pelo Governo se mantêm a um nível elevado (17% do produto interno bruto), a S&P estima que a dívida pública líquida corresponda a 3% ou 6% em 2016.

 

 

 

 

 

 

Fonte:Angonoticias

Reditado para:Noticias Stop 2016

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