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Angola foi o país africano que atraiu mais investimento directo estrangeiro em 2015

A nível global, a análise anual da CNUCED indica que nenhum país africano está no top 20 de principais países beneficiários de IDE do mundo.

Angola
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Embora os fluxos de investimento directo estrangeiro em África tenham registado um decréscimo de 7% em relação a 2014, totalizando 54 mil milhões de dólares, em Angola verificou­se uma subida recorde de 351,7%, indica a Conferência das Nações

Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED). 

Na edição de 2016 do seu World Investment Report, em português Relatório sobre o Investimento Mundial, a CNUCED revela que Angola atraiu 8,7 mil milhões de dólares de investimento directo estrangeiro (IDE) em 2015 ­ mais 351,7% do que no ano anterior ­, tornando-se o país africano líder neste indicador. 

"Este salto deveu-se em grande medida aos empréstimos concedidos pelas "casas mãe" no estrangeiro às suas subsidiárias angolanas", lê-se no documento, divulgado ontem, 22. 

Lembrando que a queda das cotações petrolíferas produziu um grande impacto na economia angolana ­ na medida em que o "petróleo contribui para 52% dos rendimentos do Estado e para 95% das receitas de exportação" ­, a CNUCED sublinha dois efeitos da crise: A desvalorização do Kwanza e o aumento da inflação. 

"Em consequência, as sucursais de empresas estrangeiras presentes no país aumentaram os empréstimos que recebem das sedes, como forma de fortalecerem os seus balanços", reforça a análise. 

Para além desta circunstância, o relatório assinala que, mesmo em cenário de abrandamento económico, "a expansão da infra­estrutura ligada ao sector petrolífero continuou", destacando, neste domínio, o investimento da Puma Energy, grupo de Singapura que opera no país através da subsidiária Pumangol. 

"A empresa inaugurou na Baía de Luanda um sistema convencional de bóias para amarração de navios", refere o documento da CNUCED, acrescentando tratar-se de um dos maiores sistemas do género no mundo. 

Investimentos somados, a análise das Nações Unidas nota que o crescimento recorde verificado em Angola explica o aumento de 2% nos fluxos de IDE na África Subsaariana ­ que ascenderam a 17,9 mil milhões de dólares em 2015 ­, enquanto a nível geral o continente registou uma redução de 7%. 

No sentido inverso da subida do IDE em Angola, o Relatório sobre o Investimento Mundial 2016 aponta uma descida da aposta dos empresários angolanos no exterior, tendência visível em todos os países de África. 

Os empresários nacionais "reduziram o investimento no exterior em 56%", que caiu para 1,9 mil milhões de dólares em 2015, contra os 4,3 mil milhões de dólares verificados no ano anterior. 

A nível global, a análise anual da CNUCED indica que nenhum país africano está no top 20 de principais países beneficiários de IDE do mundo. 

Este ranking é liderado pelos EUA, com 380 mil milhões de dólares de IDE, mais 255% do que em 2014.

 

 

 

 

 

 

Fonte:Angonoticias

Reditado por:Africa Stop 2016

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